A controvérsia em torno de Ludmilla e a acusação de intolerância religiosa durante sua apresentação no Coachella, nos Estados Unidos, há duas semanas, parece longe de se dissipar.
Recentemente, um babalaô, líder religioso na umbanda, e um deputado estadual entraram com ações legais contra Ludmilla devido à mensagem exibida em um vídeo no telão durante sua performance: “Só Jesus expulsa o Tranca Ruas das pessoas”.
Essa frase provocou acusações de intolerância religiosa, especialmente porque Tranca Ruas é uma entidade da umbanda considerada importante para abrir caminhos espirituais. O babalaô Ivanir dos Santos busca uma retratação pública da cantora, enquanto o deputado estadual Átila Nunes exige a remoção da parte do vídeo que considera preconceituosa em relação às religiões de matriz africana.
Ludmilla, por sua vez, defendeu-se em uma postagem nas redes sociais, argumentando que a frase foi tirada de contexto. Ela explicou que a intenção do vídeo era mostrar sua vivência nas comunidades do Rio de Janeiro, sem qualquer intenção de desrespeitar qualquer religião.
A cantora enfatizou que sua música “Rainha da Favela” retrata a realidade das favelas do Rio de Janeiro, incluindo os desafios enfrentados pelos moradores, como violência policial, pobreza e intolerância religiosa. Ludmilla reforçou seu compromisso com a representação autêntica dessas comunidades e afirmou que seu show busca denunciar essa realidade, sem estereótipos ou caricaturas.
Ela também destacou que o vídeo foi produzido por uma profissional negra e periférica, garantindo um olhar autêntico e genuíno sobre a vida nessas comunidades.
Ludmilla encerrou sua declaração reiterando seu respeito por todas as pessoas, independentemente de sua fé, raça, gênero ou orientação sexual, e pediu para não ser limitada ou julgada com base em mal-entendidos.